segunda-feira, 26 de novembro de 2007
Se Você AMA - Você CUIDA...
A obesidade é um distúrbio que pode se tornar o principal problema do século 21 e a primeira causa de doenças crônicas do mundo, pois ela induz à várias anormalidades do metabolismo que contribuem para as doenças cardiovasculares, do colesterol, diabetes mellitus e outras.
Assim como no adulto, essa realidade está acometendo cada vez mais crianças e adolescentes, que no Brasil cresceu 240% nos últimos 20 anos. São cerca de 6,7 milhões de crianças e adolescentes obesos no País, segundo a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia.
Inclusive a incidência de obesidade mórbida está levando jovens à mesa de cirurgia em uma tentativa radical de emagrecer e regredir as complicações.
Ainda não se conhece claramente a etiologia do excesso de peso, mas sabe-se que estão envolvidos múltiplos fatores complexos que alteram o balanço energético.
Estes fatores podem ser classificados em genéticos, metabólicos, nutricionais e psicossociais. Eles parecem interagir, levando a um balanço calórico positivo e predispondo o excesso de peso.
O fator de risco mais importante para o aparecimento da obesidade na criança é a presença de obesidade em seus pais, pela soma da influência genética e do ambiente.
As crianças com os dois pais obesos têm 80% de chance de se tornarem obesas e se apenas um dos pais for obeso, ele terá 40% de chance.
Estudos comparando o peso corporal relativo de crianças adotadas com os pais adotivos e biológicos sugerem um maior componente genético na incidência da obesidade. O peso corpóreo durante a adolescência é um forte previsor do peso quando atingir a idade adulta.
A obesidade tende a persistir na vida adulta. Cerca de 50% de crianças obesas aos seis meses de idade e 80% das crianças obesas aos 5 anos de idade permanecerão obesas quando adultas.
17 DICAS para Ajudar seu Filho a Controlar a Obesidade Infanto-Juvenil
1) Alguns pais não se conscientizam de si mesmos e de sua situação de peso e não conseguem analisar o do filho. Observe o seu comportamento e o de seu filho em relação à alimentação;
2) Fixe os horários das refeições, pois a prática ensina disciplina às crianças e evita o consumo de lanches e guloseimas fora de hora: Já dissemos que o ideal são 6 refeições diárias e evitar as beliscadas fora desses horários;
3) Não imponha dietas restritivas, principalmente nas crianças menores. Em fase de crescimento, o caminho é a reeducação alimentar: comer de tudo um pouco (alimentos saudáveis) e em quantidades adequadas;
4) Ignore o velho hábito de fazer o filho raspar o prato. Isso costuma provocar a perda da saciedade na criança, ou seja, ela deixa de ter o próprio limite de saturação;
5) Evitar muitas brincadeiras na mesa: hora de comer é hora de seriedade, evitar fazer aviãozinho. Muito mimo é sinônimo de muita manha;
6) Não ceder ao primeiro “não gosto disso”: a criança tem uma tendência a dizer que não gosta de uma comida que ainda não provou. Cada um pode comer o que quiser, mas pelo menos, experimentar não custa nada;
7) Substituir refeições: não quer arroz e feijão, então toma uma mamadeira. Esse erro é muito comum, e se a criança conseguir uma vez, vai repetir essa estratégia sempre;
8) Não faça da comida uma forma de recompensa ou moeda de troca. Exemplo: oferecer um sorvete se o filho se sair bem na escola ou comer toda a salada. “Coma toda a sopa para ganhar a sobremesa”. Passa a idéia de que tomar sopa não é bom e que a sobremesa é que é o máximo;
9) Não ameaçar castigos para quem não cumpre o combinado: “Se não comer a salada, não vai ganhar presente”. Isso somente vai aumentar o ódio que a criança sente das saladas;
10) Não subestime o poder de compreensão dos pequenos. Negar uma guloseima pode virar um “drama” para eles, mas só no início. A criança sem limites vai abusar das calorias e das guloseimas. Mesmo os adolescentes devem ser incentivados a ter apenas um dia por semana e situações em que podem ser mais liberais;
11) Evitar tornar a ida a uma lanchonete um “programão”: a comida de casa fica meio sem graça;
12) Servir sempre a mesma comida: a criança só toma iogurte, então passa o dia todo tomando iogurte. Vai enjoar, vão faltar nutrientes, vão faltar fibras;
13) O processo de reeducação alimentar costuma ser mais longo em crianças. Não tenha pressa. O ideal é começar retirando aos poucos os alimentos que engordam;
14) Incentive seus filhos a praticarem esportes ou atividades físicas. Dê preferência principalmente as modalidades individuais no início, porque evitam alguns constrangimentos, como gozações e piadinhas dos colegas, além da pressão para um bom desempenho;
15) Procurar conforme a disponibilidade, ajuda de profissionais multidisciplinares como: médico, nutricionista, psicólogo e orientador de atividades físicas;
16) Toda a família deve apoiar e auxiliar no seu tratamento, evitando insistir no preparo de alimentos inadequados e não ridicularizando suas atitudes e esforços;
17) Dar o exemplo: as crianças e muitas vezes ainda os adolescentes seguem os exemplos e os hábitos dos pais. Não adianta mandar tomar sucos e somente beber refrigerantes. Orientar dietas e atitudes saudáveis e fazer diferente disso;
Aos pais, que sirvam de bons exemplos para os filhos! Esta é uma herança que não depende da sociedade, mas do equilíbrio e do bom-senso. Que a família assuma seu papel de grande educadora em meio propício ao desenvolvimento da mente, moral e corpo saudáveis.
Fonte:
http://msn.brchef.com.br/index/interna.php?destino=nutricao_int&modulo=nutricao&nutricao_id=135
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